De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sala de tortura

Quando escrevi a postagem anterior, Intento Malicioso, logo pensei: "talvez a podridão que vemos na TV, na internet ou ouvimos nas rádios, nem seja tanto a culpa da influência de nossos governos ocidentais e suas mídias, talvez seja o preço que se paga pela liberdade, mera conseqüência: dando liberdade a um ser tão depravado quanto é o homem, espera-se que ele a mal use e que, através dela, exponha toda a nojeira interior. Esse é o preço de viver um mundo livre, desapegado da tirania: ter de suportar as livres expressões de todos, por mais bizarras que sejam"... Mas logo larguei mão da ingenuidade e cheguei a uma conclusão não tão cômoda: é fácil e atraente esse discurso de liberdade total, quando analisado superficialmente, no âmbito de que somos seres humanos e de que temos a soberania sobre nossas escolhas, sendo qualquer privação o fruto de um pensamento ditatorial. Mas, por detrás desse discurso bonito, de luta contra o "retrógrado", há uma mente satânica: o ser humano não consegue ser totalmente livre e, tampouco, fazer algo decente quando prova de algum grau de liberdade. Com o discurso de "desenvolvimento", de "século XXI", uma vontade maligna põe o anseio natural do homem caído como mecanismo para uma escolha "voluntária" pelo cativeiro e pela aniquilação.

A "liberdade" como instrumento em prol do suicídio: é tão bonito ouvirmos os discursos de manifestantes homossexuais e feministas gritando sobre o quanto têm o direito de serem livres e de fazerem o que bem entendem. Você, que não homofóbico, mas, também, que não compactua com o homossexualismo; que não machista, mas que não aceita o feminismo, acaba até se sentindo um pouco culpado, uma espécie de monstro retrógrado e intolerante. De fato, os que gritam com fervor fazem seu apelo parecer totalmente digno e coerente, fazem você se sentir, caso discorde, um terrível inimigo da liberdade e do desenvolvimento. Mas não se deixe levar pela sua reação primeira nessa situação. Desconfie.
O homem, você bem sabe se leu a postagem "O Hall da Mentira", é mau por natureza. Você não precisa orientar uma criança para a maldade, ela brota naturalmente com as manhas, com a manipulação, com o egoísmo, mas você precisa educá-la para o bem, afim de que seja honesta, prestativa e obediente. Os "bons selvagens" não fogem da regra: se você assistiu o filme Apocalypto, Mel Gibson, percebeu que as sociedades pré-colombianas já estavam aniquilando umas às outras antes de os europeus pisarem na América Central - e, de fato, assim ocorreu. A tendência humana, desde a Queda, é a auto-destruição -e vê-se hoje como o homem não muda sua postura consumista, mesmo que os recursos estejam se exaurindo.
O homem, principalmente o pós-moderno, não atenta para o prosseguir da humanidade, o individualismo o coloca como o ápice da história e o existencialismo o faz cooperar apenas consigo mesmo, sem importar com a continuidade da existência humana após a sua morte e, por isso, não se importa com o legado que aqui deixará, não se importa mais com o seu nome, com a sua fama, com nada nem ninguém além de si mesmo e daquilo que possui. Por isso o adultério tem se alastrado como uma pandemia em nossa sociedade ocidental, por isso os maridos estão traíndo exaustivamente suas esposas -e as esposas os seus maridos-, sem atentar para o cônjuge e, tampouco, para os filhos. Por isso as drogas têm tomado conta das ruas e arrombado as portas de nossas casas, seja através do alcoolismo, seja através de seringas ou cachimbos - e o drogado, o bebum, o faz sem preocupar-se com os pais, irmãos, filhos ou cônjuges. Por isso o feminismo têm enchido as mídias e a cabeça das mulheres, desde pequenas, sem haver a menor consideração pela figura masculina e paternal, sem o menor sinal de respeito pela família e pela sociedade, valendo, sobre tudo, a opinião e o ego individual. O individualismo, por fim, promove uma espécie de predação entre os seres humanos: para alicerçar a minha felicidade, o meu prazer, eu posso destruir a vida de todos os que me cercam e usar dos tijolos de suas casas, que eu arruinei, como material para erguer e ampliar a minha.
O homem, quando "totalmente" livre, sendo naturalmente mau, irá exercer com maior potência e abrangência a sua maldade inata, não havendo espaço algum para o amor verdadeiro, para a bondade, num universo em que ele é livre para sobreviver pisando nos demais. Como disse antes: a bondade vem através da disciplina e da imposição de limites, enquanto a maldade cresce e se fortalece naturalmente em nossa natureza caída. Num ambiente em que o que mais vale é o meu prazer, o meu crescimento, o meu comodismo e em que eu estou sempre certo, sem dúvida, se não me basear num alicerce moral que esteja fora de mim, optarei pelo caminho mais fácil e menos doloso: abrirei mão de qualquer privação, limitação e disciplina, permitindo que, na "plena" liberdade, o mau cresça com toda a sua força.
O problema dessa história toda pode ser resumido em duas esferas: a geral e a individual. Na esfera geral encontramos as pessoas de nosso convívio que pagam o preço pela nossa "plena" liberdade de sermos maus e, ampliando um pouco mais, podemos falar de toda a humanidade, que entra em risco de sobrevivência partindo do ponto de que bilhões de seres pós-modernos estão instalando dinamites em todos os seus alicerces e estruturas. A esfera individual refere-se ao preço que o próprio indivíduo paga por sua "plena" liberdade: primeiro porque, aniquilando a vida ao seu redor, arrisca aniquilar a sua própria, segundo porque, deixando-se enveredar pelo caminho mais fácil, cede aos instintos de sua natureza e acaba se vendo preso à inúmeros vícios, sejam eles sexuais, sejam através das drogas, seja o consumismo... É aqui que a liberdade se mostra um pouco mais tirânica do que alega ser: o homem, "totalmente" livre, deixa-se dominar pelos instintos bestiais de sua natureza e, sem algo além de si mesmo para se apegar, inseguro, tenta suprir suas carências afetivas nos prazeres que seus instintos gritam para obter. Esses tais prazeres exercem duas funções: fazem o indivíduo, inseguro, sem afeto -pois o individualismo afasta as pessoas- e desesperado, pois, no seu subconsciente, tem certeza de que algo está errado e de que a sua sobrevivência está em jogo, esquecer-se de tudo e de todos, esquecer-se das dores e dos problemas, pois perde a cabeça, anestesiado e dopado - e é por isso que vemos nossa juventude se embebedando e fazendo sexo sempre que possível -, e, também, dão algum "sentido" para uma vida efêmera.
Como você já deve ter percebido, os prazeres carnais sempre destroem. Há algo peculiar nessa história: da mesma forma que nos feitiços pagãos o demônio só faz algo pelo homem se receber alguma coisa em troca, os prazeres carnais, quando supervalorizados, só se fazem efetivos quando algo se perde, uma energia se destrói, um pedaço da vida do pobre pecador é entregue em troca de cinco minutos de anestesia e "conforto". Para você experimentar uma vida regada à sexo, provavelmente terá de pagar com a destruição de seu corpo e de sua integridade mental, e, quem sabe, a perderá com alguma doença ou agressão. Para você viver uma vida regada à álcool, provavelmente terá de sacrificar seu sustento, seu corpo e sua mente, além de correr imensos riscos de contrair doenças devido às noites de coma na calçada ou, ainda, acabar morto em brigas, atropelamentos ou acidentes de carro. Em resumo: a total aniquilação de sua plenitude como ser humano é o preço pago por uma vida dedicada aos prazeres bestiais.
A "plena liberdade" de que se ouve falar por aí é, sim, uma ferramenta satânica em prol do cativeiro e da morte do homem. É fácil para nosso governo e suas mídias estimularem a liberdade absoluta de ser e agir quando sabem que o homem, livre, só saberá prender-se, amarrar-se à vícios inúmeros e, à-partir disso, ser alvo fácil para a manipulação, ser ferramenta de domínio do Estado. A "liberdade plena" faz com que o homem se destrua, pois não há nada além dele mesmo em que se apegar... e quando "ele mesmo" se domina, os instintos carnais o fazem cavar sua própria cova e esculpir a sua sepultura.
A liberdade condicionada para que seu aspecto auto-destrutivo se potencialize: é fácil lançar o discurso de liberdade absoluta quando, na verdade, essa "liberdade absoluta" é absoluta apenas num ambiente extremamente limitado. O governo pode me dar a liberdade de voar, portanto, eu sou livre para voar, porém nunca conseguirei, já que não tenho asas... mas, ainda assim, sou livre. Agora, eu pergunto: de que me adianta ser livre para voar num cenário em que isso é impossível? É uma liberdade ilusória. É assim que o governo tem trabalhado com o povo.

Ouvimos tanto falar de liberdade para sermos e fazermos tudo o que desejamos ser ou fazer, mas, na prática, não somos livres para sermos ou fazermos tudo. Não me refiro às restrições do código legislativo e etc, me refiro a outra forma de privação. Eu posso resumir esse método numa figura: somos como um bebê solto e trancafiado numa sala onde ele é totalmente livre para fazer o que deseja, nesse cenário ele é soberano, porém a sala foi cuidadosamente arranjada com antecipação: no chão há pregos, armadilhas de urso e veneno para rato, nas paredes estão escorados martelos, serras, facas e tesouras, do teto descem, até quase a altura do chão, cordas com nós de forca e num dos cantos da sala há um revolver carregado e engatilhado. Ok, o bebê é livre para fazer tudo o que deseja com tudo o que existe nessa sala... mas o melhor que pode lhe acontecer é acabar com uma perna decepada numa armadilha.
Sim, somos "livres", livres para fazermos tudo o que desejarmos com aquilo que o governo e as mídias têm nos imposto. Os pequenos vão para a escola e lá são doutrinados com educação sexual e mentiras sobre o homossexualismo, nos corredores acabam sendo estimulados pelas vestimentas indecentes das meninas, escutando palavras obscenas dos mais velhos. Com uma mão a instituição lhe oferece um preservativo e com a outra, quem sabe futuramente, um Kit Gay, e o pequeno tem total liberdade de escolha... entre uma ou outra coisa... ou pelas duas. Não há muitas outras opções e, se elas existem, ficam bem escondidas para não se tornarem evidentes. Ali o ateísmo é ensinado sem nenhuma outra possibilidade de crença, o feminismo é tido com louvor, o homossexualismo como celestial, a liberdade sexual, como norma geral... logo mais cultos afro-brasileiros serão ensinados como matéria escolar, dando mais estímulo aos pequenos para se tornarem macumbeiros -ou ateus- do que cristãos.
Em casa a família liga a televisão e recebe toda a espécie de promiscuidade, vulgaridade, perversão. Escuta a rádio local e músicas totalmente depravadas martelam na cabeça do casal e dos filhos. Entra na internet e, depois disso tudo, o pai ou o filho, procuram por pornografia e, tanto um quanto outro, quem sabe a esposa entra nessa, acabam saindo de casa à procura de alguma nova experiência sexual. Sim, todos são "livres": o governo e as mídias oferecem as opções e a liberdade de escolher por alguma delas, ou por todas, é "plena": "você pode escolher entre homossexualismo, adultério ou as duas coisas". Acontece que fica óbvio que o povo irá, sempre, escolher pelo menos uma das opções e quase nunca irá dizer "não", pois antes de serem-lhe oferecidas todas as opções, toda uma lavagem cerebral fora consumada, afim de tornar a sua mente potencialmente pervertida. Onde existe liberdade nisso?! A mente é obrigada a condicionar-se a um padrão de vida e as opções oferecidas são selecionadas e compatíveis com a doutrina até então ensinada, tornando-se inegáveis. Uma vez mergulhado no sexo e nas drogas, o indivíduo se escraviza, não consegue mais dizer "não", apenas "sim" e, portanto, não há mais liberdade ali... talvez virtualmente falando, sim, mas na prática, a liberdade há muito fora aniquilada.
O interessante desse sistema é que a mente satânica por detrás de tudo usufrui largamente do potencial humano para que o homem seja escravizado: se o músico tiver a liberdade de se expressar sem restrições e a sua mente for moldada no potencializar da perversidade humana, então tal músico, em sua liberdade, produzirá e lançará quase que apenas músicas de cunho vulgar e promiscuo e tais músicas, por sua vez, irão influenciar e potencializar a perversidade noutros seres humanos, que também acabarão promovendo a perversão e assim por diante. É uma corrente. Homens escravizados facilitam o escravizar doutros homens e todos se subjugam à vontade do governo.
Para a mente satânica que domina o Ocidente -ou melhor, o mundo-, a ilusão da "plena liberdade" é extremamente proveitosa. Os homens, "livres", se lançam em vícios e, por fim, acabam presos, reduzindo a sua capacidade intelectual, senso crítico e disposição, não passando de escravos totalmente dependentes doutras pessoas, do governo, que pensa por eles, que o faz serem conforme a sua imagem. Ao mesmo tempo, essa tal ilusão lança o caos, semeia a destruição futura e, não tardando, essas sementes irão brotar e, nesse momento, o povo verá que tudo o que resta é a aniquilação, então, em desespero, clamará por um líder que possa resolver os problemas e restaurar a humanidade. Aí caímos na figura do governante mundial do Apocalipse. Você pode perceber como a mídia e o governo por detrás dela têm tentado lançar o temor sobre a humanidade com a massiva divulgação sobre terrorismo, aquecimento global, superpopulação...
O estranho é que essa questão de "liberdade condicionada" exclui a fé cristã, ou seja: o cristianismo é tão massacrado e censurado que deixa de ser uma opção - e jogam a culpa de manipulação e insanidade para dentro das portas das igrejas. Quando a fé cristã é tida como a grande vilã de nosso mundo pós-moderno, a filosofia secular vê-se como inculpável, limpa, uma ferramenta de libertação do jugo religioso. Invertem-se os papéis, perverte-se a realidade observada. Mas por que tirar a valia da fé cristã? Porque ela, alicerçada na Bíblia, é a maior ameaça, quando verdadeira, à consumação dos planos satânicos de nossos governos, ela considera a liberdade de forma mais sóbria e real. Primeiro, ela nos diz para não nos permitirmos governar pelos vícios e prazeres da carne, aniquilando o Velho Homem e nascendo novamente em Cristo - e esse conceito impossibilita que o cristão verdadeiro se prenda naquilo que mais aprisiona o homem. Segundo porque ela nos faz pertencer a um reino que é maior do que qualquer principado humano: o Reino de Deus e, por isso, jamais nos submeteremos a um governo tirânico e anticristão, por isso jamais cederemos, como cristãos verdadeiros, às armadilhas e cativeiros impostos pelos governos atuais, já que somos submissos, antes de tudo, ao Deus Criador. Em suma: a fé cristã impossibilita que sejamos escravos de nós mesmos, assim como, ou consequentemente, escravos de uma força secular.
A fé cristã é uma ameaça ao intento maligno da mente satânica que domina esse mundo porque prega a liberdade doutra forma, de uma forma bem mais efetiva: a liberdade não é fazer tudo o que se deseja, a liberdade está no conhecer da Verdade e na sua prática. Ser livre não é, jamais, se submeter ao senhorio da carne, isso é escravidão. A Bíblia acerta ao dizer que o homem não é uma criatura que pode ser totalmente livre, pois sempre se submete ou prende a algo que considera superior. A Bíblia acerta ao dizer que o homem, não sendo totalmente livre, só pode sobreviver quando submetido a um código de regras maior do que ele, fora dele - pois ele não pode ser a sua própria verdade. A Bíblia acerta ao fazer-se esse tal código de regras, a unir os cristãos e impedi-los de viver conforme vivem os incrédulos, estimulando-os a uma vida que iniba o domínio da carne e dos vícios, o domínio da morte. Uma vida de privação e total dedicação a algo que está fora do homem, a algo que é maior do que o homem e que, estando acima do ser humano, não morrerá e jamais falhará: o diferencial da vida cristã é a submissão incondicional a um Único Senhor, ao Deus Eterno e ao Seu filho, puro e perfeito, a Jesus Cristo.
Leitor: preste atenção! Não mova-se apenas por idéias, mova-se por resultados! Analise, eu faço esse apelo, analise os resultados! Crer que o homossexualismo é uma boa idéia é fruto apenas da aceitação de seu discurso, mas veja o estrago que ele está causando em nossa sociedade. Faça o mesmo com o feminismo, a psicologia pós-moderna... E não se esqueça de analisar se o que falam contra a fé cristã é, de fato, plenamente verdadeiro. Eu jamais aceitarei a idéia de que o homem deve ser totalmente livre enquanto isso é impossível, eu jamais aceitarem a idéia de que o homem pode fazer o que quer, sendo que tudo o que supostamente "quer" é fruto de um conceito inserido em sua mente por forças maiores, eu jamais aceitarei as filosofias pós-modernas de que tudo é válido, enquanto percebo que nem tudo faz bem para a sociedade, para a existência humana!!! É claro que temos que deixar as pessoas decidirem quanto ao que acham melhor, mas não esqueçamos que tais decisões não são tomadas com base na plena liberdade, pelo contrário!
O que me vale disso tudo é perceber o quão mais perigoso e malicioso é esse mundo decaído, o quanto temos que lutar contra as forças das trevas, o quanto corremos o risco de nos tornarmos ferramentas de uma vontade satânica caso venhamos a ceder e abrirmos mão de nossa fé. Também vejo, através disso, o quanto é necessário que, como cristãos, gritemos aos quatro ventos e com ousadia sem limites contra as ideologias que se disseminam em nosso mundo secular -e até nas igrejas! Não falo para sermos contra as pessoas, mas contra aquilo que as faz cair e se auto-destruírem, contra aquilo que está arruinando a nossa humanidade!! Se somos cristãos, a nossa vida é menos importante do que a vida daqueles que nos cercam! Não somos individualistas e consumistas, somos seres comunitários e misericordiosos. Se Cristo morreu por nós, caminhemos até a morte em nome dEle!!
Natanael Castoldi

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